09 setembro, 2010

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Em grãos de areia solta
Se desfazem ambições
Cobiças satisfações
Em grãos de areia solta

Se desfaz uma montanha
Desaparece uma estrada
Se tapa de uma assentada
A razão de forma estranha

Se perdem pontos de mira
De um modo de vida
Na razão enlouquecida
Da verdade fez mentira

Em grãos de areia solta
Me desfiz há quanto tempo
Sem gemidos ou lamento
Sem agruras ou revolta

Sei que o vento que desfez
A montanha lá atrás
Sei que ele volta e traz
Nesgas de lucidez

Em partículas de areia
Que caem em solto monte
Assim renasce a fonte
Que me torna maré cheia

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