08 setembro, 2010
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Num tempo que se foi
A solidão era-me querida
Com ela partilhava a vida
Contava-lhe segredos
Os enredos
De quem espera que a vida sorria
Talvez um dia, talvez um dia
Resposta que roí
Num tempo que ruiu
A noite apelava ao sonho
Tudo parecia menos medonho
No escuro por entre trevas
Solidão não te atrevas
A deixar-me sozinha
Por entre fuinha
Um tempo se esvaiu
No tempo que me olha
Solidão é mortalha
Fria como navalha
Que corta almas
Nas folhas caídas
Do dia cinzento
Esperando o momento
Em que o vento solta a folha
Avareza no tempo
Que é curto
Muito curto
Na espera desgastante
De um dia, um presente
No escuro da noite
Quem sabe se afoite
Teu beijo, alento
Num tempo que não foi
Uma espera que corrói.
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1 comentário:
Num tempo que se foi...
Contava-lhe histórias...
Fazia poemas...
E acreditava...amava...sofria
Sensível o teu sentir e escrever esse tempo que se foi e que rói.
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