27 maio, 2010
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Pedi à lua que me desse ilusão
Ao mar pedi a saudade
Pedi ao sol com tão grande vaidade
Que me trouxesse calor e paixão
De seguida pedi a Deus
Por favor, dá-me um pouco de tudo
Apareceu aos olhos meus
Um rosário de flores, mas contudo
Achei que ainda era pouco
E pedi ao vento em rajadas
Beijos de amor quase louco
Fontes de mel, águas brotadas
Na minha ânsia absurda
Não pressenti o fim eminente
Em cada conversa muda
Uma passo atrás novamente
Agora peço à terra molhada
Pelas lágrimas que saltam da alma
Dá-me terra nesta hora assombrada
A sabedoria de chorar com calma.
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1 comentário:
Há quem diga que passado é o que fica. Vivemos a dizer que devemos esquecer o passado. Parece que há uma incoerência nisso. O passado é presente, o futuro, certamente, que não é. Gostei do seu poema, porque ele me fez refletir, e tudo que nos faz refletir é bom, muito bom. Abraços. José Edward
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