31 maio, 2010
«« Passado ««
Porque o passado me atrofia
Tento fugir o mais que posso
Um dia atrás do outro, quem diria
Que o passado, cheira a calabouço
Porque o passado me atrofia
Esquece-lo sem remorso
Digo pra mim, talvez um dia
O veja morto, dentro de um fosso
Desmedida é a razão
Que impele o esquecimento
Coisa inútil, sim ou não
Pássaro feio e agoirento
Dias perdidos, solidão
Dor encoberta e sofrimento
Todo o passado já se passou
Haste partida, ao meio a vida
Linha do tempo que esmiuçou
A alma nua na despedida
Logo a diante, se encontrou
Com o hoje, uma saída
Riso na boca que penetrou
Lá mais à frente, linha da vida.
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1 comentário:
Antonia , me senti compartilhando de teus pensamentos nesse teu poema, li outros mas este me chamou a atenção.
Acredito que porque tu passas o mais puro sentimento da perda no passado, do que se foi e que por la ficou, nús como vc mesma disse , gostei muito, tmb escrevo qndo puder e quiser passe, abraço.
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