16 abril, 2010

«« Recantos da noite ««


Para mim a noite é fria
De uma frieza suprema
Seja Inverno ou não
É neve branca que escorria
Na palma da minha mão
Húmida e por fim amena

É gélida na frustração
Do olhar que não vislumbra
Noite sim e noite não

Acomodo o meu pensar
Em mil jeitos de amar
Outros tantos de agradar
À noite que não acaba

Para mim a noite é fria
Assim que vislumbro o dia
Fecho os olhos e a sorrir
Talvez consiga dormir
Antes que chegue a luz do dia

Ou quem sabe qualquer dia

Dormir não precise mais
E a neve que a noite trás
Se derreta e seja sagaz
Me envolva lentamente
E eu morra docemente.

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