22 abril, 2010

«« Alentejo vivo ««


Carrego no peito
Uma força ardente
Que me faz caminhar
Ao encontro das gentes

Carrego no peito
Alentejo vivo
Bênção e castigo
Alma sem abrigo

Coberta de paixão

Pela terra árida
Pelo verde ao longe
Pelo monte velho
Pela tez morena
Pela flor do campo

Carrego no peito
Gaiatos aos gritos
Apanhando grilos
Ou jogando ao eixo

Voando nas asas
Do vento do sul
Dormindo ao relento
No restolho seco
Bebendo na fonte
Agua que sacia
Uma sede imensa
Pele em labareda

O céu é azul
Imenso oceano
Planície berço
De amor intenso
É mãe e é pai
Das gentes do campo
É senhora e dona
De um belo canto.

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