A dor é arame farpado
É lençol e até mortalha
É um ser amedrontado
É braseiro na fornalha
Quem dera prender a agonia
Que carrego sem se ver
É translúcida esta ulcera a doer
É dor insípida e fria
Quem dera deita-la a arder
Num braseiro de carvão
Em ácido em abolição
Talvez assim se pudesse ver
A dor cravada a moer
Que carrego no coração.
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