02 junho, 2010

«« Só ««


Vazio aldrabado
Ao lado o poente

Estou só, alheado
Ao lado, o presente

Um segundo, afinal
É uma hora vazia

Raquítica, está mal
Sou só, quem diria

Preciso de tudo
O tudo se vai

Num gesto difuso
Ergo a mão, logo cai

Na terra, um sonho
Ilusão descontente.

2 comentários:

João A. Quadrado disse...

[que óptimo reaprender a ler um poema em voz alta; requer prática e caminho... e as suas palavras vão de bem com a brisa, confirmado pela própria!]

um imenso abraço

Leonardo B.

Unknown disse...

Muitos dias e muitas horas estamos sós,vazios,perdidos no tempo que se vai.
Acordamos carentes, queremos tudo, mas as mãos caem, não sabem que o presente é um vazio aldrabado