30 junho, 2010

«« Moinhos de vento ««


Moinhos de vento são bandeiras
Que imagino sem norte
São sonhos, são passaporte
Para transpor novas barreiras

Moinhos de vento são alabastros
São imaculados reflexos
De círculos complexos
Que a vida colhe dos pastos
Que secam, depois da colheita

Nas pás de cada moinho
Enxergo uma ideia perfeita
Com engenho transporta a dita
A força que mói o trigo

Sonhos são moinhos de vento
Deixá-los ser afinal
São iguais ao cereal
Que as mós do moinho moem
Sempre que as pás se dispõem
A abrir alas ao vento.

Sonhos são um mausoléu
Enfeitado de liberdade
Guarda no centro vontade
Que renasce feita ilhéu

Em cada sonho gerado
Ao moinho se parece
É o sonho que enaltece
Um olhar mais prolongado.

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