Na clareira onde uivam os lobos...
O dia amanhece sem medo, mas tarda.
Até a lua se espreguiça na retirada.
As doninhas entreabrem os olhos, logo após.
O uivo arrepiante dos ventos amargos.
Fustigam sem dó a alma que aguarda...
Que o pó lhe cubra a dor, disfarçada...
Em risos bolorentos de tão antigos!
Na clareira onde uivam os lobos...
As gentes caminham sem rumo certo.
As mentes amorfas entreabrem os lábios.
A terra cobra, quer quebrar o pesado arreio.
Que um passado lhe pôs sobre as costas.
O povo esse,.. adormeceu pelos cantos!
1 comentário:
Escreve muito bem, é um texto sedutor!
Um abraço
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