13 outubro, 2009
«« O Inverno que tarda ««
Desmembras-te em fissuras de sal
Aqui e ali socalcos macios recordam a água
Ai de ti que tentas disfarçar a mingua
Como quem se despe do fel e do mal
A terra em Outubro é assim afinal
O chão ressequido lembra uma tábua
Onde se espreguiça a formosa lua
Provocando o sol que cobre o beiral
Deste Alentejo ardente em dor
Os sobreiros gemem chamando a chuva
As gentes gritam em silencio o pavor
O Inverno que tarda, e o vento não muda
As chuvas não caem, a terra envelhece
Bramemos aos santos, algum que lhe acuda
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1 comentário:
Belíssima expressão !! Sempre é bom estar aqui a te ler ! Beijos.
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