23 outubro, 2009
«« Passaporte ««
Se eu me aninhar por um momento
Nos braços da morte, será que ela é quente
Será que me aquece do frio invernal
Ou será apenas um seguir em frente
Transladar de ilusões, em amor carnal
Se eu me aninhar por um momento
Nos braços da vida, será que é gélida
Será que destoa do mundo irreal
Por onde as duvidas circulam em queda
Livre de tudo o que é consensual
A morte e a vida, a mesma moeda
Da alma que nasce sabendo que morre
Agora digam-me vale a pena a guerra
Que se tenta travar entre o bem e o mal
Se eu me aninhar esquecida do norte
Que o universo traçou um dia
Ai de mim perdi o passaporte
Para viajar pela vida sem grande agonia.
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