19 outubro, 2009

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Terra destemida


Abrem-se brechas na terra húmida
Cobre-se de rubro a charneca envaidecida
As papoilas crescem em farto festim
Tecem um manto vermelho, ai de mim

Olho embevecida, uma lágrima que cai

Olho mais adiante um tufo de alecrim
É a primavera que rompe em tal frenesim
O Alentejo ardente aos poucos ganha vida
As margaridas lembram uma larga avenida

E o tempo pára com a força desta terra destemida