
Moinhos de vento são bandeiras
Que imagino sem norte
São sonhos, são passaporte
Para transpor novas barreiras
Moinhos de vento são alabastros
São imaculados reflexos
De círculos complexos
Que a vida colhe dos pastos
Que secam, depois da colheita
Nas pás de cada moinho
Enxergo uma ideia perfeita
Com engenho transporta a dita
A força que mói o trigo
Sonhos são moinhos de vento
Deixá-los ser afinal
São iguais ao cereal
Que as mós do moinho moem
Sempre que as pás se dispõem
A abrir alas ao vento.
Sonhos são um mausoléu
Enfeitado de liberdade
Guarda no centro vontade
Que renasce feita ilhéu
Em cada sonho gerado
Ao moinho se parece
É o sonho que enaltece
Um olhar mais prolongado.