14 janeiro, 2010

«« Destino ««


Mas! Afinal o silêncio é lençol que tapa
As fissuras que teimam em verter receios
O silêncio é o manto que afoga e mata
As recordações de dias felizes, anseios

Os meus que tento calar, os teus que o frio mata
O frio gélido, como gélidos são os braços
Fechados, sob o acomodar democrata
Dos corações que se esquecem dos laços

De fina fita de cetim que deus uniu
Apenas lhe chamo destino, meu amor
Apenas digo que o dia sempre sorriu

Pela manhã quando desperta o calor
Apesar da tempestade que varreu a noite
Quero acreditar, que amanhã florirá uma flor

Júlia Soares ( pseudónimo )

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