12 fevereiro, 2010

«« Pote translúcido ««


No dia em que as estrelas caíram, com elas
Caiu um pote de vidro, vidro fino
E translúcido, onde tranquei o destino
No mesmo pote guardei algumas lágrimas

As que deixei de chorar em criança, as agruras
Também lá estavam, ao lado um violino
Tocava uma música infernal sem tino
Sempre que em menina sonhava com brisas

As brisas que imaginava que o teu olhar traria
Os beijos, os afagos, nas horas mortas do dia
E os sonhos de que seria feliz por um só dia

E agora que o pote caiu, esbateu-se a alegria
Deixei de sonhar, de olhar e saber ver o sol
Onde a nuvens teimavam em pairar, quem diria…

Sem comentários: